sábado, 29 de outubro de 2011

Li o livro. Vejo o filme?


Acabei de ler um livro que simplesmente me pegou e não me soltou mais. É um best seller, desses assim que, em geral, não nos trazem nenhum conhecimento especial, mas que têm o poder de capturar completamente nossa atenção! Só por isso acho que tais autores merecem reconhecimento, afinal é toda uma arte especial de escrever de forma que as pessoas realmente queiram saber o que acontece na próxima página.

O livro "Um dia" de David Nicholls é um romance, uma história de amor mesmo, e para ser bem sincera não faz bem meu tipo (não consigo me lembrar de nenhum outro livro que eu tenha lido com esse tema – a história de um casal – exclusivamente). Mas foi um presente – pra mim muito especial - de um casal que foi à Londres, e vendo que todo mundo lia o tal livro no metrô, resolveu me presentear.

Cheguei em casa, comecei a ler meio sem compromisso, e eis que fiquei até com insônia! Terminei ontem e, tendo construído toda a história na minha cabeça – os personagens, os lugares, os interiores dos apartamentos – pensei, não é possível, esse livro vai virar filme.

Pois é, virou e eu nem sabia! Bom, o autor também já foi ator, é escritor de séries de TV, então realmente ele sabia bem o que estava fazendo quando escreveu "Um dia". O filme tem a Anne Hathaway no papel principal, e ela não é, na minha opinião, exatamente a imagem que corresponde a uma escritora, que quando jovem quer mudar o mundo...

Enfim, vi o trailer, mostrando personagens e lugares muito mais, digamos assim, glamorosos do que eu imaginava, e me dei conta que o filme vai estragar toda a montagem da história que eu mesma criei na minha cabeça – porque o trailer já começou a fazer isso!

Enfim, é claro que eu não vou me agüentar e vou ver o filme. Mas sempre tenho medo dessas adaptações, porque me parece que algo sempre se perde. Assim como o livro "Comer, rezar e amar" é infinitamente melhor que o filme, também tenho restrições quanto à adaptação de "Não me abandone jamais": no final do filme, a moral é claramente explicitada – ou seja, não há espaços para que as pessoas pensem um pouco sobre o que o filme gostaria de passar! - enquanto no livro isso fica mais sutil, nas entrelinhas, o que me parece bem mais inteligente...

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