Minhas coisas preferidas estão todas anotadas em alguma caderneta. Com minhas organizações de começo de ano, andei dando uma olhada na caderneta amarela, que tem anotações de viagem... Resolvi que seria interessante compartilhar com mais gente as dicas dos lugares por onde andei, e então pensei logo neste blog, algo no estilo "testado e aprovado".
Depois esqueci.
Ontem à noite, lendo "A arte de viajar" do Alain de Bottom – recomendo! É aquele autor que acabou de lançar um livro sobre a semana (s?) que ele passou no aeroporto – voltei a pensar nisso...
Ele fala da diferença entre fazer uma viagem de exploração, de descoberta (daquelas de antigamente) em que a curiosidade é "guiada por uma consciência do interesse do outro – e sustentada por ela nos inevitáveis momentos em que o cansaço ameaça tomar conta"; e do simples turismo, em que as descobertas devem ser "enriquecedoras", justificadas por um benefício pessoal e não pelo interesse do outro.
No caso das verdadeiras descobertas, não havia guias de viagem para dizer o que era interessante, o que era imperdível (quatro estrelas!), etc... Era possível então tirar suas próprias conclusões, se interessar sem complexo pelo que desse vontade, e definir suas próprias hierarquias do que era essencial em cada lugar.
Pois bem, o que costumo anotar nas minhas cadernetas provavelmente não está nos guias (pelo menos não nos meus!); são as atrações "4 estrelas" sob o meu ponto de vista: foram experiências enriquecedoras para mim, e talvez não sejam para mais ninguém... Afinal de contas, às vezes achamos tudo lindo e divertido, ou então feio e chato – já pensaram como seria bom, em alguns casos, sair de férias e deixar nós mesmos em casa? Ah, os humores...
Mas se minhas dicas servirem também para outras pessoas, posso me achar uma verdadeira descobridora!
Nenhum comentário:
Postar um comentário